Final de tarde, chuva, trânsito e canseira.
Você só se pergunta quando finalmente conseguirá chegar em casa, já tecendo o dia seguinte e o seguinte. Pessoas a sua volta que mais se assemelham a zumbis.
Mas, o inesperado acontece, ali, em meio ao cinza, úmido e um tanto frio.
Uma figura minúscula vem a bater suas asinhas, de um verde que nem sei descrever. Chega perto e observa de soslaio. Vira para um lado, recua, aproxima novamente. Cansa-se de tudo o que vê e pousa no fio do telefone. Na certa pensa: "Que bom que sei voar!"
Eu, presa ao chão te olho e penso: - Voe ainda mais, por mim!
Fonte foto: Carmem Costa Mência
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