Seasons


Fiquei uma temporada na casa dos meu pais.
Oh coisa boa! Tempero de mãe e palhaçadas de pai.
Além da saudade do meu quarto, do quintal, saudade de espaço.
Dois anos entre um apartamento, uma recepção de hotel, metrô e ônibus lotados, ninguém aguenta.
Sai pra bater perna e quando digo bater perna é no sentido literal mesmo. Já nem me lembro mais quando foi a última vez que andei tanto. Revi uma porrada de gente que não via há tempos.
Rachei o bico com um porre homérico da minha sobrinha. (ai ai ai, coisa feia hein menina! rsrs).
O barato de voltar pra lá e que sei que em certos lugares as coisas continuarão como sempre. Pode-se pintar o lugar, mudar o nome, mas ali "dentro" está igual. Este lugar em especial é uma delicia, não tem pra Boutique Nespresso, Starbucks, Sto Grao.
E o melhor encontrar aqueles que tem entendem só com o olhar.

The Postmarks - "11:59"

Não sou completamente favorável ao lema: "Nada se cria tudo se copia". Mas não é que este ficou muito, mas muito bom mesmo!
Agora já sei o que ouvir qdo enjoar do Blondie.

Official Strawberry Swing video

Quando vi este clip surtei...
Juntaram só três coisinhas que me derrubam: Desenho, Coldplay e Beatles.
Acaso não saibam da historia por trás da música, fuxiquem pois vale a pena. Isso é o que vale a pena em bandas como eles, conteúdo, história a coisa pro trás de tudo.
Ai que saudade de um tempo que eu não vivi.


Ps. ano que vem tem show do Coldplay!

Vou-me embora

Vou-me Embora pra Pasárgada
Manuel Bandeira

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de EspanhaRainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei
—Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.


Texto extraído do livro "Bandeira a Vida Inteira", Editora Alumbramento – Rio de Janeiro, 1986, pág. 90


Hoje minha amiga me fez lembrar esta poesia. E olha que vontade de realmente ir pra lá!

Achado não é roubado!


Quem me conhece sabe o quanto gosto de fotos, de tirá-las (mal e toscamente) e principalmente viajar com elas.

Viajar?! Sim, viajar, pois sempre que vejo uma imagino a situação que levou àquela foto, o restante do local, o que a pessoa tentou demonstrar.

Uma foto para mim é um livro ao contrário, onde a ilustração é feita primeiro e depois é que vem o texto, a história que cabe melhor. Realmente sou toda do "avesso".

Próximo ao meu trabalho há um estudio fotográfico e vez ou outra quando o saco de lixo rasga ou rasgam-no a calçada fica forrada de fotos. Quantas não foram as vezes que fiquei ali parada olhando pro chão como a procurar lentes de contato, só fuçando, criando situações e perguntando-me por cargas d´água não as vieram buscar.

Esta pra mim foi irrestivivel, peguei!!!